O presidente da Associação Catarinense de Medicina de Família e Comunidade – ACMFC, filiada a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade – SBMFC, Thiago Cherem Morelli, no uso de suas atribuições que lhe conferem o artigo 33, III do estatuto da associação, convoca por este edital o processo eleitoral para a diretoria da ACMFC gestão 2020 – 2022.
São aptos a votar os sócios que tenham quitado suas obrigações com a ACMFC/SBMFC.
A inscrição das chapas poderá ser feita junto à Comissão Eleitoral por e-mail (secretaria.acmfc@gmail.com) até às 23:59 horas do dia 05/07/2020.
Será considerada eleita a chapa que obtiver a maioria simples da totalidade dos votos na Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se no dia 15/07/2020, no estacionamento do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Santa Catarina ( R. Delfino Conti, S/N – Trindade, Florianópolis – SC), ás 18 horas.
Obs. Devido a situação da pandemia pedimos que todos os presentes estejam usando máscara e respeitem o distanciamento. Por isso também a eleição será realizada em local aberto.
O conteúdo do documento em questão, que amplia a possibilidade do uso de cloroquina, azitromicina e/ou hidroxicloroquina para casos leves da Covid-19, não passou por análise da CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) e o uso dessas medicações não apresentou alteração do registro por parte da ANVISA, procedimentos importantes para análise e incorporação segura de novas tecnologias pelo Sistema Único de Saúde.
Mesmo com a necessidade de agilizar fluxos frente a gravidade do cenário gerado pela pandemia, os estudos utilizados como base para essa decisão não justificam a condução dessa forma, seja pela fragilidade das evidências com relação a benefícios dessas incorporações, seja pelo risco de efeitos adversos potencialmente graves e fatais pelo uso dessas medicações.
Até o momento, as evidências apontam que o uso de hidroxicloroquina (derivado farmacológico da cloroquina) para prevenção de complicações ou tratamento da Covid-19: não reduziu taxa de mortalidade, não reduziu necessidade de intubação dos pacientes, não reduziu tempo de internação, e para casos leves e moderados não alterou a eliminação do vírus, além de eventos adversos maiores nos pacientes que utilizaram essa medicação, comparados aos que não utilizaram.
Entidades como a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e Sociedade Brasileira de Imunologia apresentam como sugestão a não utilização da combinação de hidroxicloroquina ou cloroquina e azitromicina de rotina no tratamento da Covid-19.
Reforçamos a importância do processo compartilhado de decisões para o cuidado dos pacientes com Covid-19, porém vale ressaltar que nesse cenário extremo de medo e preocupações, e de compartilhamento de notícias falsas e informações incorretas, a mediação por parte dos profissionais de saúde é indispensável para essa decisão.
Outra preocupação é que médicos da atenção primária em nosso estado, onde devem chegar preferencialmente os casos leves, não estão habituados a prescrever e manejar o uso de cloroquina e hidroxicloroquina.
Além disso, diante da polarização e uso político intenso da medicina, existe um grave risco de pressão e violência contra profissionais de saúde para realizar procedimentos que vão contra a boa prática médica. Nesse sentido, reforçamos a importância da autonomia e liberdade profissional respaldadas pelo código de ética médica e pela legislação brasileira.
Documento desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Saúde da População Negra da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e Associação de Medicina de Família e Comunidade do Rio de Janeiro (AMFaC-RJ) com o objetivo de orientar a população das comunidades e periferias de todo o Brasil sobre a importância da prevenção do covid-19 com dicas viáveis de acordo com a realidade vivida pelas pessoas que sobrevivem às condições de vulnerabilidade. O material foi produzido de acordo com a orientação de órgãos de saúde e evidências científicas e está sujeito a atualizações.
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